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A Coroação,  2021 - 23
Bordado em conjunto EPI de aplicação de agrotóxicos (touca árabe, camisa, calça)
190 x 44 x 35 cm (Alt, Larg, Prof)

Na escultura têxtil A Coroação (2021 - 23), Washington da Selva revisa os gestos de plantio, colheita e distribuição da cultura do quiabo.

De família de agricultores tradicionais e feirantes da agricultura familiar sem-terra do bioma do Cerrado, Da Selva trabalhou junto com sua família desde jovem sob o modelo da agricultura familiar mas também sob os modelos violentos, que, com a chegada do agronegócio passou a operar sistemas de trabalho análogos à escravidão levando adoecimento e morte para a terra, o povo e a sua cultura.

A partir de uma conjuração de gestos e ornamentos na contraditória peça, o artista produz um contrafeitiço ao devolver as memórias e as gestualidades para o tecido que protege o corpo de quem trabalha no campo exposto aos pesticidas. Num movimento que retoma as memórias de trabalho do pai, dos tios e da família, sob a presença do racismo ambiental numa roça cerceada pelas lavouras de café de um ambiente tóxico e adoecedor.

Leia mais: Cultivo-Cultura, texto de Washington da Selva para o glossário da PerMARÉ

WashingtonDaSelva_ACoroação_imagem6.jpg

Histórico A Coroação:

  • [em exibição] Abre Alas 20. Galeria A Gentil Carioca. Curadoria: Ana Carolina Ralston, Bianca Bernardo, Catarina Duncan, Georgina Rothier, Thainá Trindade. Rio de Janeiro - RJ. 2025.

  • Ecologias da confiança. Campus Antropoceno. Cidade Floresta/City as Forest. Curadoria: Maíra Marques, Thais Medeiros, Ynaiê Dawson. Rio de Janeiro - RJ. 2024.

  • O Corpo Invisível da Memória. Museu da Inconfidência. 2023. Curadoria: Tainá Azeredo e Valquíria Prates. IA Ouro Preto. Ouro Preto - MG. 2023.

© 2021 Washington da Selva

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